Créditos G1.
Ministério do Esporte repudia atos racistas durante partida de futsal em escola
Alunos de colégio particular de Brasília teriam usado termos como o "macaco", "filho de empregada" e "pobrinho" para discriminar rivais
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O Ministério do Esporte divulgou neste sábado (13) uma nota de repúdio contra atos de racismo registrados durante uma competição de futebol em uma escola particular do Distrito Federal.
A Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima afirma que alunos do Colégio Galois proferiram falas racistas durante uma competição interescolar, realizada no no último dia 3.
Ambos os colégios ficam na área central de Brasília. Na competição, alunos do Galois teriam usado termos como o “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho” para se referir aos alunos da Escola Franciscana.
A pasta afirmou que situações assim são “profundamente perturbadoras” e declarou ser “inaceitável que episódios de discriminação racial persistam, especialmente em um ambiente tão importante para o desenvolvimento social e pessoal como o esporte escolar”.
Em nota, a escola declarou que, embora tivessem diversos responsáveis do Galois no ginásio onde a partida de futebol era realizada, “nenhuma providência” foi adotada pelos profissionais. A instituição também afirma que os alunos “agressores” estavam uniformizados, ou seja, “sob a guarda e responsabilidade do colégio”.
“É inadmissível que em pleno século XXI, ainda tenhamos que presenciar atos tão repugnantes como os que foram direcionados aos nossos atletas. A escola, como instituição responsável pela formação e educação das crianças e jovens, tem o dever moral e ético de repudiar veementemente quaisquer manifestações de preconceito e discriminação”, diz nota assinada pela diretora da escola, Inês Alves Lourenço.
Outro lado
Procurado, o Colégio Galois divulgou um comunicado informando que começou uma investigação interna rigorosa e que buscará identificar os estudantes envolvidos no caso, para aplicar medidas disciplinares. O colégio disse entender que os atos expostos são “de extrema seriedade e que necessitam de uma intervenção imediata”.
“Faço saber que não estamos, de forma alguma, inertes ao ocorrido. Muito pelo contrário. Já iniciamos uma investigação interna rigorosa e estamos comprometidos em não apenas identificar os envolvidos, mas também a aplicar medidas disciplinares e ampliar, ainda mais, ações educativas necessárias pertinentes”.
A instituição de ensino afirmou que as supostas ofensas não representam seus valores e que repudia qualquer forma de discriminação. “Como educadores, acreditamos que a educação é ferramenta poderosa de transformação social e deve ser utilizada para construir pontes de entendimento e respeito mútuo entre todos, sobretudo, entre jovens. Solidarizamo-nos profundamente com os alunos e a comunidade da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima que se sentiram ofendidos e magoados.”
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