ESPORTE - Especial: Brasil completará nove participações em Jogos Olímpicos de Inverno em Beijing 2022
Especial: Brasil completará nove participações em Jogos Olímpicos de Inverno em Beijing 2022
Por Eloyza Guardia
Rio de Janeiro, 22 jun (Xinhua) -- Quando alguém pensa no Brasil, as primeiras imagens que lhe vêm à mente são as praias, eventos ao ar livre e todas as atividades que um clima tropical permite. País do futebol, do voleibol, do vôlei de praia, até muitos brasileiros ignoram que existem compatriotas que se dedicam a esportes como esqui alpino, bobsled, snowboard, patinação artística, curling, entre vários outros.
Segundo Jorge Bichara, diretor de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a nona participação consecutiva do Brasil nos Jogos de Inverno "demonstra a constante evolução do Brasil, a cada edição do evento. Estamos trabalhando em conjunto com as Confederações Brasileiras de Desportos no Gelo e na Neve para dar sua mais uma boa performance dos atletas brasileiros".
A expectativa do COB para Beijing 2022, de acordo com Bichara, é que o "Brasil pode bater seu próprio recorde de participantes e de modalidades disputadas em uma mesma edição", conquistando "12 a 18 vagas em 9 modalidades, após o período de classificação: esqui alpino, snowboard, esqui cross country, entre os esportes de neve e bobsled masculino, monobob feminino, skeleton, patinação artística, patinação de velocidade e curling, no gelo".
Para Gabriel Karnas, diretor executivo da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), as modalidades de inverno "são mais uma opção para a prática e desenvolvimento esportivo no Brasil". Segundo ele, algumas dessas atividades podem ser praticadas integralmente no país em ambientes fechados específicos, como a patinação, o hóquei sobre gelo e o curling, enquanto que no caso das demais, toda a preparação dos atletas se realiza fora do país.
"Apesar das limitações de um país tropical, temos brasileiros talentosos, residentes no Brasil ou no exterior, com condições de participar e competir nos principais campeonatos internacionais", afirmou.
O Brasil fez sua estreia nos esportes no gelo nos Jogos de Inverno de Salt Lake 2002, competindo em duas modalidades: bobsled e luge.
Para as Olimpíadas de Beijing, nos esportes no gelo, o Brasil tentará classificação em bobsled e skeleton, através do ranking da ISBF (Federação Internacional de Bobsled e Skeleton) que se definirá em 17 de janeiro, patinação artística, na disputa em 25 de setembro do Nebelhorn Trophy, patinação de velocidade através do ranking da ISU em 24 de dezembro e curling, no Pre-olímpico que se realizará de 10 a 19 de dezembro.
Segundo a CBDG, as classificações mais prováveis são as da equipe masculina de bobsled, skeleton, com a atleta Nicole Silveira, patinação artística, com Isadora Williams e monobob, com Marina Tuono.
E para os esportes na neve, a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) espera classificar em 2022 atletas no esqui alpino, snowboard, esqui cross quais o Brasil participa desde 2014, a expectativa é conseguir vagas no Paraesqui cross country e no Parasnowboard.
"Esperamos classificar de 5 a 7 atletas para los Jogos Olímpicos e 4 a 6 para os Jogos Paralímpicos, totalizando algo entre 9 e 13 atletas brasileiros na neve", disse Pedro Cavazzoni, CEO e Superintendente Técnico da CBDN.
A primeira participação do Brasil em um campeonato internacional de esportes de inverno foi em 1966, no Mundial de Esqui Alpino realizado em Portillo (Chile). Desde então, o país esteve presente em 44 campeonatos mundiais, em sete modalidades distintas, com destaque para o esqui alpino (19 vezes).
O Brasil debutou nos Jogos Olímpicos de Inverno em Albertville 1992, com sete atletas do esqui alpino. A partir de então, participou das sete edições consecutivas, nas quais competiu em esqui alpino, snowboard, esqui cross country, biathlon e esqui freestyle.
O melhor resultado do Brasil em olimpíadas de inverno até agora foi o nono lugar conquistado por Isabel Clark, em snowboard cross, nos Jogos de Turim 2006.
Atualmente a maior parte da preparação dos atletas, tanto dos esportes no gelo como nos da neve é realizada fora do Brasil, principalmente no Canadá e Estados Unidos.
Créditos Xinhua
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